"Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei" (Salmo 91)

11 de novembro de 2012

XIX FEstMonólogos “Ana Maria Rêgo” – Ano Adalmir Miranda


Olha já esclareço logo:  Não estou aqui no intuito de fazer critica ou menosprezar nenhuma montagem que vi no Concurso de monologos, mas expressar minhas opiniões como ator e como estudante de artes, optei por descrever as montagens na ordem inversa acho que depois vocês entenderão melhor.

Começo pela noite de sexta onde o homenageado do Concurso Adalmir Miranda apresentou “Álvaro de Campos em Pessoa” um espetáculo técnico, e poético com vários recursos de áudio visual, bailarinas, muitos efeitos de luz e cenário. Mas que no meu ponto de vista infelizmente prejudicado pela “estrutura” de climatização do teatro que por vezes  impossibilitou a mim e o resto da plateia de ouvir os versos que compunham a montagem e isso foi frequente em vários outros espetáculos. Resumindo gostei do espetáculo com algumas resalvas de exageros performáticos.

Na quinta tivemos os espetáculos “Apareceu a Margarida” de MG e “Sala, Quarto, Cozinha, Banheiro e Outros Lugares Menos Cômodos” do RJ ambos atuados por ótimas atrizes.

O primeiro ganhou o premio ganhou o premio de melhor Cenário, com um texto que já foi trabalhado aqui em Teresina duas vezes, isso gerou certas expectativas perante a apresentação. Numa forma bem caricata a professora Margarida ensinava sua aula de matemática e biologia, e na hora do intervalo pipoca doce pra relaxar um pouco. Para mim uma das melhores apresentações, a personagem se diferenciava tanto e de tal modo da atriz que eu não a reconheci após o espetáculo. O segundo um monologo cômico com quatro personagens femininos distintos que compartilharam suas experiências cada uma com suas dificuldades expectativas e trejeitos próprios. A falha que eu achei nesta montagem foi só na personagem Trans não caracterizava uma trans(meio esquisito uma mulher fazendo o papel de um Gay,trans ou algo do gênero) mas num contexto total o monologo é muito engraçado e a variação Personagem - atriz-personagem deu uma quebra boa no texto fazendo ele mais atrativo , isso garantiu a Atriz  Andréa Cevidanes o prêmio de melhor espetáculo no Júri popular e melhor atriz.

Na quarta o espetáculo “Primeiro Amor” de São Luis do Maranhão, uma montagem feita por (ex)alunos da UFMA com características bem técnicas, um texto bom, com trilha sonora própria ( isto é: musicas sem letras apenas com ruídos criada toda para o espetáculo) e por conta disso levaram a premiação de melhor sonoplastia. No meu ponto de vista o figurino não favoreceu, e por alguns momento a dicção do ator também não. Mas foi um espetáculo bom, bem construído e digno de discussões acadêmicas.
Subir ao palco e ter a personagem ali ao alcance das mãos isso marcou a noite de Terça.

O primeiro espetáculo foi “Azulejo branco” do nosso vizinho Ceará, o texto é legal, digamos interessante, (espero que minhas próximas palavras não causem problemas, ou que não sejam entendidas como preconceito) mas que pra mim perdeu qualidade quando se coloca um homem pra fazer um texto dramático feminino, uma montagem totalmente performática e coreografada, com um jogo bem legal de luz e som, mas com muito material em cena e de nenhuma utilização.

A segunda apresentação da noite foi “Aurora Boreal” atuação e direção de Dionízio do Apodi. Pode ser que essa critica se diferencia das demais, pois afinal o que falar da Aurora Boreal um dos espetáculos mais lidos da natureza? E sem contar o Ator Dionízio que já tem em seu nome uma referencia do teatro Deus Dionísio ou Baco deus do vinho e do teatro, o que eu tenho a falar? Só me resta nesse texto dizer que essa montagem ganhou melhor ator, melhor espetáculo, melhor direção, melhor figurino e melhor iluminação.