"Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei" (Salmo 91)

22 de setembro de 2009

Por que ter um amigo homem gay?

Porque homens gays sao:
- Companheiros: sempre dispostos a uma balada, seja uma vernissage, boteco, bar, viagem, etc.
- Elegantes, tem senso estético diferenciado e nao temem ousar no figurino.
- Sao muito alto astral e possuem senso de humor apurado, muitas vezes ácido, eu gosto.
- A grande maioria é sincero e fala na lata o que lhes incomoda.
- Sao inteligentes (independente da classe social) e até por conta de viverem em uma sociedade que nem sempre os aceita, tem uma visao mais aberta do mundo.
- Nao sao nada moralistas, caracteristica que acho importante, pois atrás de cada moralista há um ser nefasto, que julga os outros por suas próprias atitudes.
- Conseguem rir de si mesmos , o que pra mim demonstra seguranca e equilíbrio.
- Nao se deprimem, nunca vi um gay deprimido, claro que choram e se descabelam, mas nao dura muito, nao sei se escondem para chorar ou sabem que o que nao se pode resolver, resolvido está.
- Eles tornam o mundo mais colorido, mais plural.

16 de setembro de 2009

Sociedade Viva Cazuza passa pela pior crise

ONG que cuida de 22 crianças com HIV deixou de receber verba de emendas parlamentares.

Imagine gerir uma casa com 22 crianças e jovens, com idade entre 4 e 17 anos e que precisam de cuidados especiais. Lucinha Araújo faz isso há 19 anos na Sociedade Viva Cazuza, ONG que criou três meses após perder o filho para a AIDS e que dá casa, comida, roupa, escola, assistência médica e amor a meninas e meninos soropositivos - em sua maioria, sem pai nem mãe.

A entidade, em um imóvel em Laranjeiras, passa pela sua pior crise financeira. As despesas mensais somam R$ 60 mil, mas o dinheiro arrecadado com os direitos autorais de Cazuza, sua única receita, só cobrem 20% disso. A maior parte dos gastos é com pessoal, já que muitos profissionais dividem os quatro turnos de trabalho: cozinheiras, faxineiras, lavadeiras, enfermeiras. A dificuldade financeira levou à redução do número de babás.

Mas Lucinha não desiste. Por meio de ministros que conhece, quer marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir socorro. "Somos a única casa de apoio a soropositivos no Rio", diz. Além de Lula, ela está em busca de ajuda no meio empresarial.

O caixa da ONG só esteve cheio nos anos de 2004 e 2005 - o sucesso do filme Cazuza - O Tempo Não Para, de Sandra Werneck, lhe rendeu R$ 400 mil. Nos últimos cinco anos, tudo desandou, porque a verba que chegava graças a emendas de parlamentares do Rio deixou de vir.

"A burocracia piorou", explica Christina Moreira, coordenadora de projetos da Sociedade Viva Cazuza, referindo-se a mudanças introduzidas pelo governo Lula.

O problema é que contribuições esporádicas não garantem o funcionamento de uma casa que não fecha nunca. "A AIDS saiu de moda, virou banal", diz Lucinha. Outra questão: muita gente tende a achar que, por ser de família rica, ela não precisa de ajuda. "Confundem pessoa física com pessoa jurídica e pensam: ?Por que ela não vende tudo e coloca o dinheiro lá??".



O Estado de São Paulo: 10.08.09

10 de setembro de 2009

A Lenda do Peixe Francês

Era uma vez um peixe francês
Soturno e muito triste,
se perguntava: será que existem
maiores mágoa que as minhas nestas águas?
Dia após dia imerso em agonia
Nadava e tudo o que via
Era a árvore verde e amarela
Na beira do rio e só pensava nela
Ainda a linda borboleta
Inteira feita de estrelas pretas
Que vislumbrou apenas uma vez
E tornou-se o grande amor do peixe francês
O peixe nunca tivera dores
Nem problemas com amores
Pois sua memória e consciência no mundo
Duravam sempre trinta segundos
Porém depois de ver aquele ser
Arcanjo rompendo seu casulo num pulo
Criou fixa idéia na mente
E amor e morte só sente
O peixe leva na lembrança
toda a pujança da paixão que arde
Desde aquela tarde
A borboleta parecia uma bela letra
No meio de negras constelações
E modernos aviões
Verão, outono, inverno e primavera
E a paz pro peixe não viera
Nem nunca mais apareceu
A borboleta que o entristeceu
“muito tempo tinha passado e a vida seguia
Com a alma fria, seu fado
Mas eis que durante a quinta estação do ano
O peixe avistou um ser humano
Assustado jamais tinha olhando gente
Assim frente-a-frente
Uma mulher entrou na água nua
Numa negra noite de clara lua
E o triste peixe percebeu no peito da moça de louça
A borboleta de estrelas pretas
As lágrimas do olho do peixe
eram feixes de emoções por todos os seus corações
Ele olhava a borboleta, mais bela que o som da clarineta.
Mexendo as asas como as algas de sua casa”
Depois de chorar de alegria
E conter o seu corpo em folia o peixe viu
A linda moça de louça
Serena saindo do rio
Com um riso no canto da boca
E achando assim a vida pouca
Lembrou que era o décimo terceiro mês
Época em que todo peixe francês
Vê o seu amor pela ultima vez.
Era uma vez um peixe francês
Era uma vez ...

(Valuduaté)

8 de setembro de 2009

Por-do-sol

Ontem vi um pôr-do-sol, nunca mais tinha parado para assistir esse espetáculo da natureza, vi as primeiras luzes dos postes ascenderem e as primeiras estrelas aparecerem nas minhas costas o degrade de cores: vermelho, laranja, amarelo não sei onde mas se misturava ate o azul da noite.

Foi um pôr-do-sol solitário quando dei por mim já estava em cima da hora, subi o mais rápido que pude ao ponto mais alto, ate onde meu medo foi. Após um cochicho no ouvido e um “NÃO” como resposta, simplesmente um copo de vinho. Quando cheguei lá o sol já tinha ido embora, fiquei a contemplar o seu rastro de luz e sua lembrança quente desses primeiros dias de setembro. Fiquei fazendo planos encimas das lembranças que se foram das ultimas tardes quentes esperando que meu amor cheque logo, gosto de vinho se misturava com raiva ou medo um leve gosto de canela na boca.

Vi a fumaça subir entre telhados e mangueiras e se perder no rubro do céu, o vento que não era mais tão quente como o da tarde. Desisti daquele copo de vinho, nada romântico, mas que me deixou com o choro engasgado então antes que o vento da noite gelasse meu peito desci para a sala ate que ficasse escuridão esperando meu amor subir na escuridão do meu silencio.

1 de setembro de 2009

‘Chaves’ comemora 25 anos no Brasil

Há 25 anos, um garoto que morava dentro de um barril estreava na TVS, atual SBT. Chaves, lançado por Silvio Santos a contragosto dos principais executivos da emissora, se transformou em um dos maiores fenômenos de audiência e popularidade da TV brasileira.

As bodas de prata entre a série criada por Roberto Gómez Bolaños e os telespectadores tupiniquins foi celebrada no último dia 24 de agosto. Neste dia, em 1984, Chaves debutava na TVS no folclórico programa TV Pown.

El Chavo del Ocho, título original da série, estreou em 1971 no México, exibida pela rede Televisa. A atração mostrava o dia-a-dia de uma vila em um bairro pobre.

Chaves, um garoto órfão que vivia dentro de um barril, convivia com Seu Madruga, desempregado que fazia bicos para sobreviver e criar a filha, Chiquinha, uma menina que adorava levar vantagem em tudo; com Dona Florinda, viúva que ainda acreditava que vivia em uma situação de riqueza e enchia de mimos o seu filho, Quico; com professor Girafales, que mantinha um relacionamento amoroso com Dona Florinda; com Dona Clotilde, a Bruxa do 71, uma senhora solteirona apaixonada por Seu Madruga; e com Senhor Barriga, dono das casas da vila que nunca era bem recebido quando chegava para cobrar o aluguel.

Durante os 25 anos de exibição, diversas vezes Chaves foi a carta na manga de Silvio Santos para enfrentar a concorrência. A série já foi exibida na madrugada, pela manhã, a tarde e até mesmo no horário nobre. Por várias vezes bateu a Globo. Seu maior pico de audiência foi de 36 pontos, em 1990.

Apesar do sucesso, Chaves foi retirado da programação do SBT em 2003. Mas a ausência foi curta. Um mês depois a série retornou, atendendo ao apelo dos fãs.

A repetição de episódios das primeiras temporadas e a falta de respeito com a ordem cronológica da exibição original nunca incomodaram a audiência brasileira. Pelo contrário. Em meados da década de 90, o SBT chegou a comprar os direitos de exibição de novas temporadas de Chaves, mas elas não agradaram o público.

Segundo os fãs, boa parte da graça dos episódios inéditos se perdeu sem os dubladores Marcelo Gastaldi (Chaves) e Potiguara Lopes (Professor Girafales), mortos em 1995 e 1993, respectivamente. Além disso, os episódios eram das temporadas de 1979 e de 1980, que já não contavam mais com Quico.

Intérprete do personagem, Carlos Villagrán deixou a série em 1978, após desavenças com Roberto Gómez Bolaños. Foi o primeiro golpe sofrido por Chaves. No começo dos anos 80, a atração não conseguia repetir o sucesso de audiência da década anterior.

Em 1988, com a morte de Ramón Valdés, vítima de câncer de pulmão, a série entrou em decadência. A ausência de Don Ramón, nome original de Seu Madruga, causou tristeza nos fãs.

Chaves terminou melancolicamente em 1992, sem um episódio final. Simplesmente parou de ser gravada, por causa da baixa audiência.


Publicado por Ale Rocha em 28 de agosto de 2009 poltrona.tv