"Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei" (Salmo 91)

8 de abril de 2008

“Mais uma vez, com fé em Deus um dia isso acaba”

Não sei se a palavra mais aconselhável agora seria revoltado ou decepcionado com tudo que acontece. Vou contar a vocês uma historinha, nessa terça dia 02(dois) eu e minha turma, ou parte dela, fomos a uma palestra sobre comunicação. A palestra em si, até que foi muito interessante, nesse dia tinha chovido muito, ou melhor, quando saíamos do teatro ainda estava chovendo e para nos ajudar uma colega de turma nos deu carona ate uma parada de ônibus a qual, diga-se de passagem, seria a “mais segura”, por se tratar da avenida central do bairro e perto de estabelecimentos comerciais nos quais havia gente na porta. De fato sabíamos que o bairro não é um dos mais seguros daqui da cidade, mas, afinal de contas, ainda era aproximadamente entre oito e nove horas da noite e uma avenida movimentada.
Pois bem, estávamos há um tempinho na parada, quando de repente vieram dois meliantes e “pediram” nossos celulares e dinheiro. Não se contentando, eles levaram minha mochila com alguns objetos pessoais (agenda, caderno, documentos, etc.) e nos ameaçando com uma arma de fogo e gerando ameaças como “te cala que sou menor, se eu te chumbar num acontece nada comigo”, foram alguns momentos de tensão. Ainda bem que passou e não fomos agredidos fisicamente, graças a Deus, em seguida atravessamos a avenida para procurar abrigo da chuva ou algum lugar para em que não ficássemos no mesmo local do acontecido. As pessoas que estavam no estabelecimento foram muito atenciosas e preocupadas conosco. Após alguns minutos, passou uma viatura que parou após as chamadas das pessoas e nos levaram para dar uma busca para, quem sabe, achar os meliantes que nos furtaram, todavia, infelizmente nada. Seguimos, depois para a Delegacia.
Sim, até ai tudo bem, para quem já foi assaltado, isso pode-se dizer que foi um fato corriqueiro. Para mim foi, porque, afinal após ser assaltado 5(cinco) vezes, você nem tem mais esperança de que não ocorra mais ou reação a tal fato. Continuando, mas o fato de uns 10(dez) minutos, no máximo, antes do fato acontecido, bem na nossa frente, passou uma viatura da policia. Coincidência? É, e logo após uma viatura do RONE o “BOPE”, daqui também passou. Agora, me pergunto: As viaturas são apenas para passeio, pois quando entramos para dar uma volta com os policiais, eles já tinham mais ou menos noção dos possíveis lugares onde procurar. Pena que foi uma busca em vão.
E se não bastasse, ao chegar à delegacia e pedir para um dos senhores que assistia à novela com muita atenção para emprestar o telefone para que eu liga-se para minha casa, para avisar o tal fato a resposta foi “ O telefone daqui não liga, só para ramal, ali fora tem um orelhão”. Não sei o que ele pensou, afinal eu tinha acabado de ser assaltado e me levaram tudo. Como ele queria que eu ligasse? Então novamente tive que sair à rua para ligar e, detalhe, que nem o telefone (orelhão, pois segundo ele o da delegacia não liga) não estava prestando. Tive que caminhar até a outra esquina para, enfim, conseguir ligar para avisar o acontecido e pedir para que fossem me pegar lá, pois já ia esquecendo um detalhe (ironizando) na Delegacia não tinha ninguém que pudesse registrar meu B.O. Afinal, o Cara que deveria estar de Platão (para mim, se ele estava de Platão teria que ficar lá direto) tinha dado uma saída para casa, a fim de jantar. Então, esperamos... Esperamos... E esperamos, e nada. Resolvi voltar depois, porque necessitava do B.O. para retirar novos documentos .
Sei que isso não mudará ou trará minhas coisas de volta, pelo menos fica meu protesto. Não sei, se de forma devida, mas demorei 3(três) dias para escrever, afim de que não colocasse tantas besteiras, todavia falar desse fato, que desde que vim para esta cidade ficaram rotineiros, afinal estou aqui há 7(sete) anos e já fui assaltado 5(cinco) vezes, não é me vangloriando, pois não desejo isso a ninguém, porque uma das piores coisas é ver uma arma apontada para você sem saber se o louco do outro lado vai ou não apertar a porra daquele gatilho ou será só um blefe dele. E nem criticando o bairro dos outros, pois já fui assaltado na minha rua, contudo mostrar aqui minha revolta por parte desse mundo onde vivemos que não temos mais segurança, nem mesmo em nossa casa que ficamos pela segurança de Deus e na esperança que um dia isso acabe.